terça-feira, 13 de setembro de 2011

Xangô - Majestosa Sabedoria






Pai ancestral, de tantas representações; vida, fogo, calor, discernimento, força e justiça. Axé imemorável da humanidade que representa o homem no exato momento em que começamos a nos agregar em grandes grupos sociais, formando civilizações articuladas e grandiosas. Xangô é o axé do discernimento humano, do seu poder de agregar e conduzir das massas para o crescimento coletivo e familiar. Axé que agiu na criação da união dos homens nômades primitivo, que viviam em pequenos grupos familiares a transformação de uma organização que gerou o modelo de sociedade que conhecemos hoje.

Xangô é o poder dos raios e trovões a mover as transformações climáticas.
É o calor da vida, tão fundamental para o impulsionar da força e entusiasmo do homem  perante as realizações de sua própria vida afetiva e material.
Axé que está no corpo humano em nosso coração, no calor de nosso corpo, e no funcionamento de nosso metabolismo.

A justiça talvez seja o atributo mais associado a Xangô. Mas devemos estar cientes que a Justiça divina, não se assemelha com nossa concepção egoísta e distorcida de justiça. Mas é envolta de perfeição, que não acoberta um ou outro por sentimentos individuais ou predileção, mas sim, perante as leis imutáveis do Criador, que é implacável e igual a todos sem distinção. Por isso, em situações que necessitamos o clamor por justiça a nossos detratores, devemos sempre pedir a Xangô o melhor a ambas as partes. Clamar pela luz da sabedoria e do discernimento divino que derruba a escuridão do egoísmo cego, onde somente faz com que olhemos para nós e nossas necessidades. Clamemos por clemência e misericórdia para que todos possam enxergar suas falhas e ter força e coragem para corrigi-las.

Nesse dia onde louvamos esse nome divino, clamamos por misericórdia, pelo poder da luz do discernimento na mente da humanidade. Que todo homem possa alcançar a sabedoria para ser o Rei justo, clemente e sábio para sua própria família. Que alcance o esclarecimento e sabedoria necessária para conduzir a todos para o crescimento e riqueza espiritual e material.

Pai Xangô, grandioso Rei, nos conceda seu calor, o poder de seu fogo, a fortaleza de suas rochas a nos proteger, a sua sabedoria pra nos guiar, a sua riqueza e majestade pra nos elevar cada vez mais em nossa vida; como homens, mulheres, irmãos, pais, filhos e filhas. E assim estaremos nos aprimorando e nos elevando cada vez mais junto a ti, como espíritos ancestrais conscientes da divindade real e viva dada pelo amor do Criador a toda a sua criação. 

Kaô Kabecile ! Salve nosso Rei Xangô! 



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terça-feira, 26 de julho de 2011

Se Eu Morresse Amanhã (Álvares Azevedo)

Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã,
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! que céu azul! que doce n’alva
Acorda ti natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!

Minha Desgraça (Álvares de Azevedo)

Minha desgraça não é ser poeta,
Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta 
Tratar-me como trata-se um boneco...
Não é andar de cotovelos rotos,
Ter duro como pedra o travesseiro...
Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido
Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro... 
Minha desgraça, ó cândida donzela,
O que faz que o meu peito blasfema,
É ter para escrever todo um poema
E não ter um vintém para uma vela.

Anjos do Céu (Álvares de Azevedo)

As ondas são anjos que dormem no mar,
Que tremem, palpitam, banhados de luz...
São anjos que dormem, a rir e sonhar
E em leito d'escuma revolvem-se nus!
E quando de noite vem pálida a lua
Seus raios incertos tremer, pratear,
E a trança luzente da nuvem flutua,
As ondas são anjos que dormem no mar!
Que dormem, que sonham- e o vento dos céus
Vem tépido à noite nos seios beijar!
São meigos anjinhos, são filhos de Deus,
Que ao fresco se embalam do seio do mar!
E quando nas águas os ventos suspiram,
São puros fervores de ventos e mar:
São beijos que queimam... e as noites deliram,
E os pobres anjinhos estão a chorar!
Ai! quando tu sentes dos mares na flor
Os ventos e vagas gemer, palpitar,
Por que não consentes, num beijo de amor
Que eu diga-te os sonhos dos anjos do mar?

Adeus, Meus Sonhos! (Álvares de Azevedo)

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia 
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! Votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já não vejo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
Soneto (Álvares de Azevedo)

Ogún Orisá

Ogún, Um asé divino da criação, indispensável na vida de todo ser humano. Mas o que se pode esclarecer sobre seus aspectos divinos ? Primeiramente, quando falamos sobre “aspectos divinos”, estamos nos referindo a um princípio do criador para o planeta e para a humanidade. É Deus manifestado em diversos aspectos e emanações, através de uma força que impulsiona e age sobre determinado fenômeno, criando, transformando e moldando tudo o que existe e sustenta o nosso mundo.
Os Orisás para a Umbanda não são espíritos de grande luz e poder espiritual, mas enamações e extensões divinas e perfeitas do próprio Pai Criador, sobre toda a sua Criação.
E este magnífico e fundamental Orixá está presente na vida do homem em seu dia a dia. É o aspecto de Deus aguerrido e fiel, que luta por todos os seus filhos. Nos dá proteção e defesa. E irá lutar por nós em causas justas de grandes aflitos, tirando de nós os inimigos, as demandas e as dificuldades do caminho. É o pai que jamais nos desamparará, e estará ao nosso lado nas piores dificuldades com sua espada e facão, lutando por nós, quando nossas forças não são suficientes para superar as dificuldades.

Ogún é a consciência profunda do homem de que seu conhecimento por criar novas técnicas e instrumentos para a melhoria da vida e progresso humano, não vem desde mundo, mas é divino atributo de Deus, sabedoria que já nasce com o homem e vai sendo passada de gerações em gerações, atravessando o tempo, e, sempre se aperfeiçoando nas gerações futuras. Ogun é o poder criador da tecnologia cuja base é divina, atributo perfeito da manifestação de Deus, conferindo a cada ser que nasce, já ser dotado de conhecimento e poder de aprendizado a tudo que lhe for ensinado. 
 
O Asé de Ògún está também na facilidade das crianças em aprender novas tecnologias como computador, mundo virtual e toda essa avalanche de novidades tecnológicas tão complexas para os mais velhos assimilarem, mas elas já nascem dotadas para aprender com impressionante facilidade.
Ogún é a garantia de que cada geração acumulou o conhecimento anterior e possui condições de produzir para o futuro.

Pai, patrono de todas as profissões, é o homem na labuta para garantir a carne, o pão de todos os dias, a subsistência. Ogún que nos socorre, indo a nossa frente, abrindo nossos caminhos para novas oportunidades de emprego e condições de sustento.
Seu asé é de grande poder e força. Que não pode ser invocado em vão, ou para pequenos aborrecimentos do dia a dia, vinganças ou desavenças. E quem clamou por ele sem necessidade, terá que prestar contas, pois Ogun, é um asé a serviço da humanidade nas grandes aflições e dificuldades.
Ogún é o aspecto de Deus que faz sermos capazes de sempre aprender coisas novas e usa-las em benefício próprio, em benefício do próximo, de nosso meio e da humanidade. Logo, todas as descobertas que foram grandes armas da humanidade contra doenças, contra a fome e catástrofes naturais, há a manifestação de Ogun, levando o homem a descobertas para o progresso e sua melhoria de vida.
Ogún é Deus; lutando por todos nós, em nossas batalhas, e nos ajuda a descobrir novas formas de superar nossas próprias dificuldades e limitações. A superação do homem sobre todas as adversidades de seu caminho, se chama Ógun.
Que seu asé se perpetue em nossas vidas e na humanidade, nos garantindo sempre novas descobertas para o progresso humano e individual.
Que com Pai Ogún sempre possamos contar em nossas aflições e faltas de oportunidades de crescimento na vida.
 
Que com Pai Ogún sempre possamos contar em nossas aflições e faltas de oportunidades de crescimento na vida.
Que ele seja sempre nossa espada, nosso escudo, e nossa lança que vai a frente abrindo todos os caminhos e obstáculos do percurso. Que cada dia, possamos ser mais consciência de sua manifestação e poder em nossas vidas, e tenhamos a sabedoria, ânimo e coragem para buscar e ser merecedores esse atributo divino em nosso existir, chamado Ogún.

Patakori Ogún!

Texto escrito por Ana Araújo

Colaboração de Ogã Nilton Alfredo de Agangú do Ilê ilé-Ifê Asé Obaluaiyê.

Como lidar com o Ego!

Aqui estão sete sugestões para ajudá-lo a transcender os conceitos enraizados do orgulho. Foi escrito com o intuito de preveni-lo contra a falsa identificação com o ego orgulhoso. 

1. Pare de se sentir ofendido.


O comportamento de outras pessoas não é motivo para se sentir imobilizado. Existe a ofensa apenas quando você se enfraquece. Se procurar por situações que o aborreça, as encontrará em cada esquina. É o ego no controle convencendo você que o mundo não deveria ser do jeito que é. Mas é possível tornar-se um observador da vida e alinhar-se com o Espírito da Criação universal. Não se alcança o poder da intenção sentindo-se ofendido. Procure erradicar, de todas as formas possíveis, os horrores do mundo que emanam da identificação maciça do ego, e esteja em paz. Assim como nos lembra o
Curso em Milagres (Clique aqui para baixar): a paz está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao lar em Sua paz. O Ser está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao lar em Sua paz. Ficar ofendido cria o mesmo tipo de energia destrutiva que a princípio o feriu, e leva a agressão, ao contra-ataque e a guerra. 
2. Abandone o querer vencer. 
O ego adora nos dividir entre ganhadores e perdedores. A busca pela vitória é a forma infalível de evitar o contato consciente com a intenção. Por quê? Porque basicamente é impossível vencer sempre. Algumas pessoas serão mais rápidas, mais sortudas, mais jovens, mais fortes e mais espertas que você e acabará se sentindo insignificante e sem valor diante delas.

Você não se resume as suas conquistas e vitórias. Uma coisa é gostar de competir e se divertir num mundo onde vencer é tudo, mas não precisa ser assim em seus pensamentos. Não há perdedores num mundo onde todos compartilham da mesma fonte de energia. Só se pode afirmar que, em determinado dia, sua atuação esteve num certo nível comparada a outras. Mas cada dia é diferente, com outros competidores e novas situações a serem consideradas. Você continua sendo a infinita presença num corpo que está a cada dia ou a cada década, mais velho. Pare com essa necessidade de vencer, não aceite o conceito de que o contrário de vencer é perder. Esse é o medo do ego. Se seu corpo não está respondendo de forma vencedora, não importa, significa que você não está se identificando unicamente com seu ego. Seja um observador, perceba e aprecie tudo sem a necessidade de ganhar um troféu. Esteja em paz e alinhe-se com a energia da intenção. De forma inusitada, as vitórias aparecerão mais em seu caminho quanto menos as desejá-las.
3. Abandone o querer estar certo.
O ego é a raiz de muitos conflitos e desavenças porque o impulsiona julgar as pessoas como erradas. Quando a pessoa é hostil, houve uma desconexão com o poder da intenção. O Espírito de Criação é generoso, amoroso e receptivo; e livre de raiva, ressentimento ou amargura. Cessar a necessidade de ter razão nas discussões e nos relacionamentos é como dizer ao ego; “Não sou seu escravo. Quero me tornar generoso. Quero rejeitar a necessidade de ter razão”. Dê a oportunidade de se sentir bem dizendo a outra pessoa que ela está certa, e agradeça-a por lhe direcionar ao caminho da verdade”.

Ao deixar de querer ter razão, você fortalece a conexão com o poder da intenção. Mas fique atento, pois o ego é um combatente determinado. Tenho visto pessoas terminarem lindos relacionamentos por apego a necessidade de estarem certas. Preste atenção à vontade controlada pelo ego. Quando estiver no meio de uma discussão, pergunte a si mesmo; “Quero estar certo ou ser feliz?” Ao optar por ser feliz, amoroso e predisposto espiritualmente, a conexão com a intenção se fortalecerá. Esses momentos expandem novas conexões com o poder da intenção. A Fonte universal começará a colaborar com você para uma vida criativa ao qual foi predestinado a viver. 
4. Abandone o querer ser superior.

A verdadeira nobreza não é uma questão de ser melhor que os outros. É uma questão de ser melhor ao que você era. Concentre-se em seu crescimento, consciente de que ninguém neste planeta é melhor que ninguém. Todos nós emanamos da mesma força de vida criadora. Todos temos a missão de realizar nossa pretendida essência, tudo que precisamos para cumprir nosso destino está ao nosso alcance. Mas nada é possível quando nos sentimos superiores aos outros. É um velho ditado e, todavia, verdadeiro: somos todos iguais aos olhos de Deus. Abandone a necessidade de sentir-se superior, perceba a expansão de Deus em cada um. Não julgue as pessoas pelas aparências, conquistas, posses e outros índices do ego. Ao projetar sentimentos de superioridade retorna a você sentimentos de ressentimentos e até hostilidade. Esses sentimentos são veículos que os levam para longe da intenção. O 
Curso em Milagres aborda essa necessidade de se sentir especial e superior. A distinção sempre leva a comparações. Baseia-se na falta vista no outro, e se mantém pela procura e ostentação das falhas percebidas.
5. Deixe de querer ter mais.
 

O mantra do ego é “mais”. Ele nunca está satisfeito. Não importa o quanto conquistou ou conseguiu, o ego insiste que ainda não é o suficiente. Ele põe você num estado perpétuo de busca e elimina a possibilidade de chegada. Na realidade, você já está lá e a forma que opta para usar esse momento presente da vida é uma escolha. Ao cessar essa necessidade por mais, as coisas que mais deseja começam a chegar até você. Sem o apego da posse, fica mais fácil compartilhar com os outros. Você percebe o pouco que precisa para estar satisfeito e em paz.

A Fonte universal é feliz nela mesma, expande-se e cria vida nova constantemente. Nunca obstrui suas criações por razões egoístas. Cria e deixa ir. Ao cessar a necessidade do ego de ter mais, você se unifica com a Fonte. Como um apreciador de tudo que aparece, aprende a lição poderosa de São Francisco de Assis: “É dando que se recebe”. Ao permitir que a abundância lhe banhe, você se alinha com a Fonte e deixa essa energia fluir. 

6. Abandone a idéia de você baseado em seus feitos.

É um conceito difícil quando se acredita que a pessoa é o que ela realiza. Deus compõe todas as músicas. Deus constrói todos os prédios. Deus é a fonte de todas as realizações. Posso ouvir os egos protestando em alto e bom som. Mas, vá se afinizando com essa idéia. Tudo emana da Fonte! Você e a Fonte são um só! Você não é esse corpo ou os seus feitos. Você é um observador. Veja tudo ao seu redor e seja grato pelas habilidades acumuladas. Todo crédito pertence ao poder da intenção, o qual lhe fez existir e do qual você é uma parte materializada. Quanto menos atribuir a si mesmo suas realizações, mais conectado estará com as sete faces da intenção, mais livre será para realizar e muito aparecerá em seu caminho. Quando nos apegamos às realizações e acreditamos que as conseguimos sozinhos abandonamos a paz e a gratidão à Fonte.
7. Deixe sua reputação de lado.
 

Sua reputação não está localizada em você. Ela reside na mente dos outros. Você não tem controle algum sobre isso. Ao falar para 30 pessoas, terá 30 imagens. Conectar-se com a intenção significa ouvir o coração e direcionar sua vida baseado no que a voz interior lhe diz. Esse é o seu propósito aqui. Ao preocupar-se demasiadamente em como está sendo visto pelos outros, mostra que seu eu está desconectado com a intenção e está sendo guiando pelas opiniões alheias. É o seu ego no controle. É uma ilusão que se levanta entre você e o poder da intenção. Não há nada a fazer, a não ser que você se desconecte da fonte de poder convencido de que seu propósito é provar o quão poderoso e superior é, desperdiçando sua energia na tentativa de obter uma reputação maior entre outros egos. Faça o que fizer, guie-se sempre pela voz interior conectada e seja grato à Fonte. Atenha-se ao propósito, desapegue-se dos resultados e assuma a responsabilidade do que reside dentro de você: seu caráter. Deixe os outros discutirem sobre a sua reputação, isso não interessa. Ou como o título de um livro diz: O que você pensa não me diz respeito!